Big Techs: "the bad" e "the ugly"

A PL 2630 intensifica a tensão entre grandes empresas de tecnologia e sociedade.

1 - O ativismo nas plataformas digitais teve uma dura lição: quem controla as plataformas (Google, Twitter, Facebook, YouTube, etc.), controla o que se vê e as vozes que terão destaques.

2 - Plataformas digitais usam sequências de instruções e comandos operando de maneira sistemática, generalizadas como “Algoritmos”.

3 - O Twitter aparentemente sabotou qualquer mobilização a favor do chamado projeto de lei da fake news (PL 2630). No momento desse post ainda não aparecia nos trending topics. Nem nos top 20.

4 - Buscas no Google mostravam resultados de sites opositores ao PL e/ou disseminando desinformação.

5 - Ao mesmo tempo, o debate se reduziu a quem é a favor da mídia tradicional e quem é a favor das Big Techs. Porque não se debate conteúdo num circo.

6 - Por outro lado, o governo Lula está mudo. O ministro das comunicações não se comunica e o governo parece estar em standby. Flávio Dino é o único com destaque, e vira um superministro.

7 - Nesse debate das superficialidades, nos esquecemos do Marco Civil da Internet. A PL 2630 deveria estar sendo debatida à luz do MCI, mas não está.

8 - Big Techs fazem bilhões ao redor do mundo, sem contrapartida, silenciando minorias e protegendo grupos de extrema-direita.

9 - Google emula o discurso hipócrita anti-censura da extrema-direita ao atacar o PL das Fake News. O Twitter, de Elon Musk, nem precisa falar. Google é a principal ferramenta de busca no Brasil. Empresas quasi-monopólios não podem estar desregulamentadas.

10 - A esperança é que pessoas dentro do governo, capazes de entender o panorama tecnológico contemporâneo, comece a tomar medidas já previstas no Marco Civil da Internet para coibir esse festival absurdo imposto por mega corporações de Silicon Valley.